crânio de um bebê
crânio de um adulto
Dra. Denise Fernandes Barbosa
No 1° ano de vida da criança, o crânio já apresenta 90% da capacidade total de seu crescimento, que se completa aos 15 anos, aproximadamente. A face do recém-nascido ocupa a menor parte de toda a cabeça; ao mesmo tempo, a calota craniana está próxima do seu tamanho final. Os 80% do crescimento facial se darão até 6 a 7 anos de idade, e os 20% restantes, até a idade adulta (ver figuras).
A região nasal é quase que, literalmente, a pedra fundamental da arquitetura facial, e todas as partes envolvidas dependem dela para que possam ser posicionadas e estabilizadas. O crescimento e desenvolvimento dessas estruturas dependem, além dos fatores genéticos, também dos fatores ambientais.
A respiração tem influência direta no crescimento crâniofacial. Se a criança é respiradora bucal, pode apresentar como consequência deformidades resultantes dessa função alterada, levando a alterações como alongamento da face, na forma do queixo e do céu da boca, provocando atresia dos maxilares e posições inadequadas dos dentes.
As causas da respiração bucal são variadas – hipertrofia das adenoides e amígdalas, rinites alérgicas e desvio septal –, e estão relacionadas ao sono com sinais de ronco e apneia. Os sintomas desse problema são variados, como falta de aprendizado na escola, falta de atenção, déficit de memória e outros.
Crianças com distúrbios relacionados ao sono devem receber avaliação otorrinolaringológica quanto à obstrução nasal. São fundamentais a avaliação e o tratamento da respiração bucal, com o objetivo de prevenir alterações no crescimento e desenvolvimento da face.
Portanto, o tratamento precoce da respiração bucal crônica na criança é de extrema importância para o correto crescimento e desenvolvimento da face.